segunda-feira, 16 de junho de 2008

OS BONECOS DE OLINDA


O nome dela é Jandira. Mede aproximadamente 2,30m. Ela existe há 8 anos. Tem participado de eventos como carnaval, festas juninas e colônias de férias. Seu forte é dançar.


"O Carnaval de Olinda é um grande musical encenado ao ar livre, no qual todos da platéia são astros convidados." (Melo, 1992)
A força artística dos seus moradores para criar um Carnaval único foi reconhecido pela UNESCO, elevando Olinda a "Patrimônio Natural e Cultural da Humanidade" em 1992, após uma sucessão de títulos conquistados anteriormente.
No início da década de sessenta, quando explodiu o movimento da Ribeira dirigido por artistas plásticos, tendo como reinvindicação principal a produção artística e artesanal, a manutenção do patrimônio artístico enquanto espaço ecológico.
Em 1977, durante a ditadura militar, com a vitória do MDB para a prefeitura, a população passa a ser mais ouvida e sua participação mais necessária para a construção de uma nova estratégia política. Para não perder seu caráter de festa aberta e popular foram eliminados palanques para as autoridades, como também a passerela e a comissão julgadora, legitimando-se um novo tipo de interferência do poder.
A totalidade dos grupos que desfilam durante o Carnaval representam as agremiações mais expressivas, que chegam ao número de 106. A mais antiga é o Clube dos Lenhadores que teve origem em 1907,
criada por uma família que participa ativamente até hoje.
Até recentemente os bonecos tinham sua origem atrelada a criação de uma agremiação carvanalesca. Constituindo-se como uma alegoria de cabeça, esses bonecos representam o papel central: em torno deles é que se organizavam as agremiações .Cada boneco tem sua história: o Homem da Meia Noite, calunga de 3 metros, comanda o Carnaval de Olinda desde 1932. Cabe a ele inaugurar o Carnaval levando uma grande chave, que representa a abertura oficial da festa, entregue às 4 horas de domingo para a tradicional agremiação Cariri.
Atualmente os bonecos não se restringem ao carnaval. Desde 1985 cresce o número desses bonecos participando de comícios políticos, em comemorações de rua e nos mais variados tipos de eventos. Pequenos grupos independentes surgem dançando o frevo , fato este bem característico da participação da população. Até 1984 os bonecos eram construidos de forma tradicional utilizando barro, jornal, cola etc. Atualmente o isopor, por ser mais leve, tem sido bastante usado .Muitos artistas ainda preferem o material e as técnicas antigas preservando a tradição. O efeito, mais artesanal, produz um resultado mais de acordo com os valores que correspondem ao conjunto de situações que redundou na originalidade do Carnaval de Olinda.

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